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Fotos: Karla Vidal. |
Além dos tradicionais shows nos palcos, das quadrilhas e do Alto do Moura, o
São João de Caruaru tem espaços exclusivos para exposições e apresentações de arte. Nesses ambientes são expostas peças do artesanato em barro, típico da região e patrimônio cultural da humanidade, além das apresentações do teatro de mamulengos, quadrilhas, bandinhas de pífano e dos bacamarteiros.
Todas são uma experiência emocionante. No entanto, as exposições que me chamam mais a atenção são sempre aquelas que têm como tema os homenageados da festa. Acostumada a ver exposições "em formato padrão", este ano me surpreendi com a iniciativa da mostra Baixio dos Doidos.
A exposição tem um objetivo simples, porém bastante desafiador: mostrar o lado pop do Rei do Baião. Posso garantir que os organizadores conseguiram alcançar o objetivo através de uma experiência sensorial muito bem concebida. São oito salas que permitem ao visitante realizar diferentes tipos de leituras sobre a obra de Luiz Gonzaga, através de um conjunto diverso de textos multimidiáticos e suas diferentes formas de percepção.
Além das diversas memórias da minha infância, que já eram ativadas pela música de Luiz Gonzaga, pude experenciar novas sensações e fazer novas conexões entre a obra do Rei do Baião e a arte contemporânea. Ou melhor, pude ver como os músicos contemporâneos buscaram inspiração na obra de Luiz Gonzaga e perceber que tanto a obra original como suas releituras podem se transformar em "matéria-prima" para novas criações artísticas nos mais diferentes suportes.
Registramos algumas cenas em vídeo e fotografia. As sensações vocês poderão experenciar visitando pessoalmente a exposição que fica em cartaz até o próximo dia 15 de julho.
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A instalação ABC do Sertão faz um passeio linguístico evocando termos e expressões típicas do falar sertanejo. |
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Na sala Respeita Januário estão expostos modelos de sanfona, fotos e textos que narram a relação de Luiz Gonzaga com o instrumento. As fotos expostas na sala podem ser vistas em http://baixiodosdoidos.com.br/arquivo/485
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A sanfona branca, marca registrada de Luiz Gonzaga.
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Siri Jogando Bola faz uma conexão direta entre a obra de Gonzagão e o Mangue Beat. |
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Entrada da instalação Xote das Meninas. |
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Uma das maiores salas, Xote das Meninas, está repleta de fotos de casais e símbolos relacionados ao casamento |
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Há também referências religiosas que representam as promessas feitas em busca de casamento |
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As velas para as promessas sempre nas cores branca, vermelha e rosa. |
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Justificativa da instalação Paraíba |
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Homem fêmea, Mulher macho. As Drags Queens como
símbolo de mulher guerreira. |
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Asa Branca expõe retratos em preto e branco dos sertanejos que, em meio a seca, têm de verde apenas o olhar. |
Naná Vasconcelos usou e abusou das onomatopeias na instalação Samarica Parteira que abre a cena para a última sala, A Morte do Vaqueiro. Aperte o play para assistir. |
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Os sinos da instalação A Morte do Vaqueiro tocam o som do gado pelas terras do sertão. |
Mais informações: http://baixiodosdoidos.com.br
Que bom que gostou, Karla!
ResponderExcluirAbraços,
Joana Aquino
Agência Pavio
Gostei muito! Parabéns!
ExcluirQue bom que gostou, Karla!
ResponderExcluirAbraços,
Joana Aquino
Agência Pavio